Além da mídia social

As piores perguntas sobre marketing digital

agente brown matrix - perguntas erradas

Perguntas erradas levam a resultados ruins

Trabalhar com marketing ou comunicação digital não é ter a vida preenchida com glamour e glória como muitos acham. Invariavelmente você acaba tendo que lidar com situações inusitadas e, nesses casos, é preferível manter o amigo e perder o cliente. Um dos problemas mais comuns é a falta de percepção da internet como meio. Em determinado momento da empresa, alguém ligado ao marketing tem uma ideia brilhante: colocar a empresa na internet. A partir daí as seguintes perguntas erradas são feitas:

  • Quanto custa um site?
  • Precisamos gastar quanto para ter visitantes?
  • Como fazemos para ter likes?
  • Podemos contratar o sobrinho de alguém para desenvolver o trabalho?

A pergunta, no entanto, deveria ser: “Quais as melhores práticas e o que podemos tirar de proveito na utilização de canais digitais, enquanto ferramenta de comunicação e marketing?”. Isso é marketing digital para empresas, instituições de terceiro setor e órgãos do governo.

Caso não tenha a resposta para essa pergunta, recomendo que contrate profissionais que possam solucionar o problema. Frequentar eventos e pesquisar sobre a dinâmica da mídia social e do mundo digital também é recomendável.

Partir para ações na internet sem que tenha um entendimento de meio para uma finalidade pode ser um desastre. Existe uma grande chance do “investimento”, por menor que seja, ser colocado na categoria de “despesa” da empresa.

Certa vez, vi um caso em que uma empresa de mídia impressa desperdiçou uma pequena fortuna produzindo uma plataforma idealizada para usuários de iPad. Fizeram porque acharam que deviam fazer, o mundo, segundo o presidente da empresa, usava o tablet da Apple. O resultado foi pífio, nem duas mil pessoas utilizaram o aplicativo.

Vejo que isso acontece muito no mercado publicitário. Um grande exemplo é o esforço que marcas e empresas fazem para ter mais seguidores ou fãs.

Gastar dinheiro para ter um grande número de fãs no Facebook é uma estratégia de quem não entende muito de marketing ou não se aprofundou nas contas, tanto é que há gigantes que decidiram sair da rede.

Quem fica com os dados dos usuários é o próprio Facebook, você não consegue falar com os fãs de maneira massificada sem ter que pagar para promover seus anúncios, não há possibilidade de ações de engajamento para consumo e é difícil alimentar áreas de pesquisa/desenvolvimento através da plataforma.

Se o responsável pela marketing digital tem como finalidade aumentar as vendas poderia utilizar a ferramenta de outra forma. Por exemplo, montando uma aplicação fora da rede social, mas que possibilitasse ao usuário fazer seu cadastro através de seu perfil. Com isso todos os dados do usuário ficariam de posse da empresa, ao invés do Facebook. A Ambev fez isso muito bem com o Skol Churrasco, um sistema que auxilia clientes em potencial na organização de um churrasco.

A usou o mesmo processo para engajar funcionários e simpatizantes em campanhas de doação para a Casas André Luiz, instituição de terceiro setor com foco no tratamento de deficientes intelectuais. Com o aplicativo “Voluntário Digital“, que solicita a permissão do usuário para que a instituição possa publicar conteúdo em suas redes sociais, cada publicação de campanha passou a ser publicada em mais de dois mil perfis simultaneamente.

Antes de sair inventando moda é melhor repensar se o desenvolvimento está a favor de algo ou se é somente mais uma peça solta na estratégia. Acredite, você não quer estar na internet apenas por estar, você também quer tirar algo dela.

Marcelo Vitorino

Marcelo Vitorino

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Professor na ESPM e consultor de comunicação e marketing digital, Marcelo Vitorino reúne experiência no marketing corporativo, eleitoral, institucional e político.

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