Vejo que muitos estão felizes e outros estão preocupados com a liberação do uso do marketing para advogados e escritórios de advocacia. Ambos tem razão! O marketing jurídico abriu uma janela de oportunidades incrível para quem precisa ampliar sua base de clientes e também para aqueles que querem ampliar sua reputação, mas nem tudo são flores.
Sem o conhecimento adequado advogados poderão tomar decisões equivocadas, que os levará a perder tempo e dinheiro.
É preciso ter em mente que a internet não é uma coisa só. Você tem ferramentas específicas para necessidades, redes sociais com vários formatos e públicos, diversos canais de comunicação. Enfim, um mundo de possibilidades para quem quer se comunicar com públicos de interesse.
Acredito que o maior desafio que os advogados encontrarão será o de entender melhor como tudo funciona, em um curto período de tempo, para poderem ter bons resultados.
Principais erros no uso do marketing jurídico
Diante desse novo cenário, resolvi escrever esse artigo com os 3 erros que considero imperdoáveis no marketing jurídico do ponto de vista da comunicação.
1. Achar que Facebook e Instagram são canais de vendas
Muitos erram em querer fazer negócio em redes sociais diretamente, ofertando produtos e serviços sem prezar pelo conteúdo, tratando Facebook e Instagram da mesma forma como se fossem jornais.
De forma rápida e simples, quanto mais cedo você entender uma coisa, menos torrará dinheiro:
Redes sociais são para social. Em redes você deve mais demonstrar o seu conhecimento por meio de publicações com conteúdo que interessa ao seu público, do que propriamente oferecer serviços. O momento em que alguém está usando uma rede social não é um momento de consumo, mas sim de entretenimento. Se você conta uma história bacana, que mostra sua forma de pensar, é muito melhor do que falar do seu escritório.
Cabe lembrar que o provimento que regulou o marketing jurídico proíbe falar de caso concreto que não seja público.
Eu aposto que a maioria dos advogados vai jogar todas as fichas no Facebook e no Instagram, e deixará de fazer uma estratégia equilibrada, que usa Google e Youtube, além de outras formas.
2. Não saber impulsionar/patrocinar conteúdo segmentando público
Para quem está começando a usar a internet de forma profissional à partir de agora, trago uma verdade que vai lhe esbofetear: se você quiser chegar no público certo, aquele que tem poder aquisitivo para contratar seu serviço, que precisa contratar um escritório na sua área de atuação, terá que investir certo, caso contrário terá milhares de cliques e nenhum negócio.
Por experiência própria, posso te assegurar que será muito difícil contratar uma empresa que atua no corporativo para fazer seu impulsionamento e patrocínio, de uma forma que dê resultado. Isso acontece por um motivo: ninguém entende melhor o seu cliente do que você. Até esse pessoal pegar as características que você precisa, já deu tempo de você aprender a impulsionar ou treinar alguém para fazer isso dentro do seu escritório.
Saber impulsionar não é questão de usar as ferramentas do Google e do Facebook somente. É saber qual conteúdo deve ser impulsionado, usando palavras e termos que tenham relação com público e serviço, nas plataformas que trarão resultados, dentro da segmentação certa.
Por exemplo, você publica um artigo sobre regularização previdenciária. Esse artigo você patrocina para público acima de 45 anos. Depois faz um novo anúncio falando sobre como a regularização pode ser feita e o exibe apenas para quem interagiu com o artigo.
3. Não ter um site
A maior parte de quem se aventurar, vai querer resolver tudo em redes sociais e no WhatsApp, o que é um erro do tamanho do judiciário brasileiro. Com isso, abrirá mão da audiência orgânica, ficando refém apenas da audiência paga e também do momento de consumo de serviço dos usuários.
Redes sociais são como estações de rádio. Você publica algo nelas, as pessoas interagem, e depois esse conteúdo morre. Passa uma semana e ninguém mais se lembra do que viu. Se quiser ter audiência constante, o caminho é ter um site e um canal no Youtube.
Outro problema grave é o que citei acima sobre o momento de consumo.
Nas redes, o usuário que se entreter. Quando ele busca comprar ou ter mais informações ele vai para os mecanismos de busca. O Google é o mais usado no mundo. Ocorre que os conteúdos em redes sociais não são “encontráveis” no Google. Somente conteúdos pulicados em sites e no Youtube.
Logo, não ter um site te afasta de quem está pesquisando pelo seu serviço.
Por hoje é só! Volto outro dia, com outro artigo!
Até mais!