Além da mídia social

Propondo parcerias para produtores de conteúdo digital: target e influenciadores

Olá, após receber muitas propostas sem pé nem cabeça de parceria para o “Pergunte ao Urso” percebi que não havia maldade na maioria, apenas falta de conhecimento e sobra de ingenuidade por parte de algumas empresas.

Primeiramente, deve-se entender que mídias sociais não são propriamente redes sociais. Por incrível que pareça, muita gente faz confusão com os termos. Dei uma palestra para o “Centro de Voluntariado de São Paulo” sobre o tema, se quiser dar uma olhada na apresentação ela está aí embaixo:

Propor parcerias é muito tentador e é muito comum que os empresários confundam o termo “parceria” com “troca sem troco” ou “meu produto é tão bom que você deveria divulgá-lo de graça“. Uma parceria ocorre quando os dois lados ganham, na medida que acham interessante para ambos. Vale a pena seguir alguns passos antes de sair por aí enviando e-mails para blogueiros ou tuiteiros.

Defina o target

Antes de se propor qualquer tipo de atividade faz-se necessário um planejamento com objetivos e metas claras. Por exemplo, sua empresa tem um produto ou serviço X e quer promover a marca para o público feminino, na faixa etária entre 25 e 35 anos, que goste de eletrônicos e entretenimento.

Com toda certeza, há na internet pelo menos cinquenta grandes canais de mídias sociais que atendem a essa especificidade, principalmente porque não há limites regionais quando tratamos do meio digital, uma empresa com atuação focada no sul do país pode fazer parcerias com veículos do Brasil todo.

Pesquise influenciadores e relevância

A melhor maneira de saber quem escolher para uma ação é contratando um profissional da área de mídias sociais que faz esse trabalho, mas caso você queira arriscar ou já tem alguém na empresa que faça o trabalho vale a pena dimensionar algumas características:

a)    Imagem do influenciador perante o target da ação:

Digamos que escolher a Sandy para a propaganda da Devassa não foi lá uma grande opção. Pode ter ajudado a propagar a marca, mas não agregou valor ao produto. Se o produto tem a ver com gastronomia, não invente moda, procure blogs que fale sobre o assunto. Melhor um número menor de impactos do que dinheiro desperdiçado.

b)   Capacidade de disseminação e também de ativação do conteúdo:

Muitos influenciadores digitais não tem habilidade na hora de engajar pessoas. As redes sociais que eles utilizam pode lhe dar uma ideia sobre isso. Quanto mais pessoas em suas fanpages ou comunidades, maior o grau de influência e relevância. Também é bom observar o uso que esses influenciadores fazem de seus canais, se são apenas para autopromoção ou tem caráter propositivo/informativo.

c)    Possibilidade de patrocínio e ações promocionais:

Prepare-se para encontrar todo tipo de situação. Existem influenciadores que aceitam participar de ações, mas também existem os que repudiam. Vale a pena dar uma olhada nos canais digitais e verificar se existe alguma área de publicidade. Figuras estabelecidas já possuem mídias kits ou estão acostumados a trabalhar com publicidade.

O próximo artigo trará os tipos de canais, vantagens, formatos publicitários e possíveis usos para ações online, clique aqui para ler.

Até mais.

Marcelo Vitorino

Marcelo Vitorino

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Professor na ESPM e consultor de comunicação e marketing digital, Marcelo Vitorino reúne experiência no marketing corporativo, eleitoral, institucional e político.

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