Que a internet proporcionou uma troca de experiências em uma velocidade nunca antes imaginada não há o que discutir, mas quais foram os maiores beneficiados com essa ferramenta?
Marcas conhecidas têm menos a ganhar
Vamos pensar em marcas, elegeremos qualquer uma apenas para ter uma diretriz de observação. Por exemplo, a Nike ou a Coca-cola, ambas multinacionais, presentes em dois terços ou mais dos países e reconhecidas por seus consumidores.
A internet agregou pouco a estas duas marcas. Ambas já tinham um espaço conquistado e não subiram ou caíram de posição conforme alguma estratégia traçada para impactar o seu público digital. Poderíamos ficar fazendo o exercício do “se” e conjecturar sobre o que teria acontecido se as empresas não tivessem adotado a web como plataforma complementar às suas ações de marketing e relacionamento. Mas a verdade é que, quando falamos no grosso da população, a web não afetou a vida dessas empresas.
A Nike já era a Nike antes dela. Apesar de boa parte das pessoas estarem conectadas, nem todas são impactadas por ações na rede. Resumindo, para quem já se estabeleceu, a rede é sim um importante meio, mas não é fundamental para o sucesso.
Sei que isso parece um exagero, mas não me lembro de ter algum viral ou qualquer outro tipo de artifício digital que tenha mudado o rumo de uma empresa grande.
Desconhecidos ou esquecidos ganham nova vida na web
Alguém poderia citar que o Obama seria um produto da web, e isso só reforça a minha tese de que ela serve para alavancar quem estava esquecido ou ainda era desconhecido. Esse grupo é o que tem mais a ganhar. Sem a internet a companha de Obama não teria decolado e o candidato da situação provavelmente seria o eleito.
Casos simples podem servir de exemplo, como o do cantor Léo Jaime, que andava esquecido após ter feito sucesso nos anos 80. O Orkut conseguiu uma proeza, aglutinar os fãs de seu trabalho e fazer com que novos shows acontecessem.
O Noblat, jornalista, também é um exemplo, conseguiu se reposicionar no mercado e hoje é um dos grandes nomes da mídia graças ao seu blog.
Há aqueles que conseguiram alguma notoriedade, mesmo que inútil, como a Tessália, que conseguiu se destacar após fazer uso de scripts (códigos) para conseguir ter mais seguidores em seu Twitter, gerando polêmica entre os usuários da ferramenta sobre a ética adotada por ela. Com isso acabou dando entrevistas para veículos de comunicação dando a entender que ganhava dinheiro através de suas postagens e virou uma ex-BBB, se é que isso vale algo.
Sem a internet, Léo Jaime teria tido um retorno? Ricardo Noblat voltaria a figurar entre os jornalistas políticos mais reconhecidos? Por um acaso, você teria ouvido falar da Tessália?
Não sei, mas o caminho destas pessoas teria sido muito mais difícil sem a web.
Que fique claro, não condeno que todos tenham a segunda chance, mas é bom separarmos o fim do meio.
Até mais!